domingo, 21 de janeiro de 2018

Por motivos estruturais.

Vão ser abatidas estas duas Robínias existentes no alinhamento Oeste da Praça:
A razão para o abate destes dois exemplares dos três que restavam na Praça e no Jardim é a de que são "Exemplares decrépitos, copa em regressão, cavidades em algumas ramificações."


Uma justificação tão pouco objectiva levou-nos a solicitar que ao abrigo do nº 2 do despacho 60/P/2012 nos fossem facultados as análises fitossanitárias e relatórios técnicos que justificam o abate destas duas árvores. Árvores que durante a florescência enchem a praça de beleza.
Não, não nos facultaram essas análises porque, ao que tudo indica, não foram feitas. Técnicos da CML olharam para estas duas Robínias, acharam que eram feias, decrépitas, tinham copas em "regressão" (pudera, com as podas que lhes fazem) e pronto, estão prontas para abate e sempre se tira partido da preciosa madeira da Robínia.
Decrépitas? Se este fôr um critério objectivo metade das árvores das praças, ruas e jardins de Lisboa estão condenadas ao abate!

Agora a sentença de morte já foi fixada ao tronco das duas condenadas:
Mas já não são condenadas por estarem "decrépitas" mas sim por motivos estruturais:
"motivos estruturais, que poderão pôr em causa a segurança de pessoas e bens". Poderão? Mas qual é a árvore, a casa, a construção, o veículo, ...que não poderá pôr em causa a segurança de pessoas e bens? Estas duas árvores acabaram de sobreviver à tempestade "Ana" que derrubou a Ailanthus altissima, vulgo, espanta-lobos, no outro extremo do alinhamento:
e para a qual os diligentes técnicos da CML não emitiram nenhum sinal de perigo por motivos estruturais! É caso para se dizer que "paga o justo pelo pecador".

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